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Fortaleza mãe



Parece ser o lugar mais seguro do mundo, e talvez até seja. Uma fortaleza de amor em que os muros a as grades são feitas de braços e mãos, que acolhem toda sua pequenez com o carinho que só os deuses mais bondosos possuem pela suas criaturas. Lá fora o mundo desaba, mas esta a salvo pela ausência da subjetividade do seu tempo.

Invejo a relação puramente afetiva, a relação sensorial que essas pequenas criaturas possuem com o mundo, um mundo que se limita ao próximo, a presença física. Sem memória, sem julgamento, as coisas são somente o que sentimos e nada a mais.

Ó pequena criatura que está fadada a se tornar o que somos.


Não Há

(Diogo Soares / Márcio Magrão / João Eduardo / Jorge Anzol)


(...)

Não acredite na intenção não revelada

Não admita se vier a conhecer

O que não há, não é, não há

Se nunca pode vir a ser


Serei cortante como a lâmina da língua

Eu vivo à míngua do meu próprio ser

E vá crescer

Que eu sempre serei criança
(...)

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